quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

FELIZ 2011

[link=http://www.doce-mensagem.com]
[/link]

[b]Mais recados? http://www.doce-mensagem.com[/b]

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Feliz Nata a todas e todos os visitantes!!!!

Que hoje se realize tudo o que você quer. Que a paz de DEUS e o frescor do ESPÍRITO SANTO estejam em seus pensamentos,
dominem a noite em seus sonhos e estejam sobre todos os seus
medos. Que DEUS se manifeste de uma maneira jamais
experimentada por você. Que seus desejos sejam atendidos,
inclusive seus sonhos mais íntimos e suas orações sejam
respondidas. Minha oração é para que você tenha FÉ. Minha
oração é para que seus espaços sejam aumentados, minha oração é
pela paz, cura, saúde, felicidade, prosperidade, alegria e um
verdadeiro e eterno amor a DEUS




[b]Recados para Orkut - Clique Aqui! http://www.orkut-recados.com/katrix/[/b] 


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

PAZ!!!!

Esta música ganhei da pela Tia Pimpa do blog: http:// tiapimpa.blogspot.com

Obrigada amiga pelo carinho!!!!

Clica no play para ouvir a a bela música do Roupa Nova e leve para o seu blog é só clicar no link abaixo e você será direcionado para o site:

Educar para o amor!!!!



“Amar não consiste simplesmente em fazer coisas para alguém, mas em confiar na vida que há nele. Consiste em compreender o outro com as suas reações mais ou menos oportunas, os seus medos e as suas esperanças. É fazê-lo descobrir que é único e é digno de atenção, é ajudá-lo a aceitar o seu próprio valor, a sua própria beleza, a luz oculta que existe nele, o sentido da sua existência. E consiste em manifestar ao outro a alegria de estar ao seu lado”. Jutta Burgraff

Como tenho escrito e repetido várias vezes nesse espaço, é mais do que urgente que todos pensemos em formas e alternativas educativas, tanto na Família como na Escola para que nossos jovens seja educados para amar.

Hoje quando se fala em amor, muitos entendem como gosto, prazer, satisfação pessoal, etc. Mas não! Como afirma a citação que introduz este texto, "amar é confiar na vida que há no outro, é compreendê-lo, nos seus medos e esperanças,e em última análise ajudá-lo a desenvolver-se em plenitude sua vida.”

E quem fala vida, fala no desenvolvimento de todas as potencialidades.

Se nossos jovens entendem que amar é apenas sentir gosto e prazer, que tipo de família serão capazes de construir?

Nós todos que somos casados, temos família, sabemos perfeitamente que a vida em família, embora seja o que há de mais sublime humanamente falando, tem seus percalços, suas desavenças, suas dificuldades e desgostos.  Será então que o amor esta ausente?

Penso, primeiramente no amor filial, de tantos e tantas que acompanham seus pais já idosos, com Mal de Alzheimer, ou tantas outras doenças senis.

Será que é sempre prazeiroso acompanhar uma pessoa que não te reconhece, que te agride( que é sinal de confiança), que pede que você se retire da sua presença?  Conheço pessoas que sofreram (e muito) com este tipo de comportamento de seus pais, mas nem por isso deixaram-nos sem cuidados e os acompanharam até o leito de morte.

Que misterioso é o amor! Por que motivo esses filhos não abandonaram seus pais? 

Porque os amavam, não amavam a si próprios em primeiro lugar.Recorrendo novamente à autora da citação, continuaram "confiando na vida que havia neles"! Nesse sentido a Educação de muitos, voltada para a gratificação imediata, não está colaborando para que os jovens sejam educados para esta doação de si mesmos, que é no que consiste o amor verdadeiro.Pelo contrário, este tipo de educação enfraquece a capacidade de amar e de sofrer pela pessoa amada.

Vemos tantos casamentos que se rompem alegando que já não "amam" mais o cônjuge, ou que estão "apaixonados" por outro(a) e com isso se justificam! Eu me pergunto: que classe de amor é este? Um amor que abandona filhos, casa, família, para curtir uma nova vida?

Muitos quando se separam alegam: tenho direito de ser feliz! Tenho minhas sinceras dúvidas de que possam encontrar a verdadeira felicidade quando o centro das sua atenções está em si próprios.


domingo, 7 de novembro de 2010

Amor exigente, matéria do mês

Antes que seja tarde
Por Romina Cerchiaro

Iniciando as suas atividades no Brasil há 26 anos, o Amor-Exigente tinha como proposta inicial auxiliar aos familiares de dependentes químicos, que, em sofrimento, não tinham condições de ajudar seus entes queridos e nem a si mesmos a encontrarem qualidade de vida em meio à trágica situação da drogadição em seus lares.
Com o tempo, a proposta evoluiu e mais e mais pessoas encontraram em AE uma nova forma de viver, de obter uma vida prazerosa apesar dos problemas enfrentados.
Sempre atentos às necessidades das pessoas que buscavam ajuda e à dinâmica da temática das drogas no Brasil e no mundo, os voluntários de Amor-Exigente, orientados pela FEAE - Federação de Amor-Exigente, começaram a detectar que, neste contexto, o que faria a grande diferença seria a Prevenção.
Assim, em Amor-Exigente, a  Prevenção ganhou um significado muito especial. Prevenir é chegar antes da droga e do álcool, é fortalecer o jovem para dizer não, é fazer a família entender que o caminho é este, é falar do assunto com os filhos, é não ter medo de enfrentar esta realidade preparando as crianças para conhecê-las e, assim, aprenderem a evitar a situação.
Em AE, a história da Prevenção confunde-se com a evolução do trabalho em Londrina. Por este motivo, também pela grande conquista deste ano que instituiu o programa AE na grade curricular das escolas da cidade e pela coordenação do 1º Fórum Nacional de Prevenção de AE que eles estão promovendo este mês, os convidados para falar de prevenção são  os Coordenadores Regionais de Londrina, Neide e Mário Furtado, e a Coordenadora das Coalizões Comunitárias com AE no local, Maria Elizabeth Barreto de Pinho Tavares.
Revista Amor-Exigente - A prevenção em Amor-Exigente ganhou vida no Congresso de Londrina. Contem-nos o que foi constatado e definido na ocasião.
Equipe de Londrina - Realmente o Congresso de Londrina deu impulso à proposta de Prevenção do Amor-Exigente. Quando começamos a refletir sobre o tema do 6º Congresso, chegamos à constatação de que até então a prevenção vinha sendo abordada nos seus três níveis: primária, secundária e terciária. Não só em Amor-Exigente, mas por todas as Instituições afins. Começamos fazer um levantamento da situação das drogas: o que mais se poderia fazer em relação a essa questão? Chegamos à conclusão de que literalmente estamos correndo atrás do prejuízo. O problema está aí, instalado. Podemos, enquanto Amor-Exigente, fazer muito pelas famílias que nos procuram, mas muito pouco pelos jovens envolvidos com a dependência química e que crescem em uma proporção assustadora pelo mundo todo. Então pensamos: a solução está na prevenção. Prevenir para que a droga não chegue até à criança e ao jovem. Chegar anos antes com a prevenção, pois cinco minutos depois já pode ser tarde. E qual seria o foco da prevenção? A família e a escola, os responsáveis pela formação informal e formal da criança. E como fazer essa prevenção? Seria necessário um trabalho efetivo e eficaz de reeducação dos membros da família e dos professores. A partir dessa reflexão, surgiu o tema para o Congresso "Prevenção Primária" e o lema, "Reeducar-se para Educar", direcionado aos segmentos específicos: à comunidade escolar e à comunidade familiar. Ficou definido então o trabalho com a Prevenção Universal quando, no 7º Congresso em Campo Grande, vimos com alegria o lançamento do livro "Prevenção Universal e Qualidade de Vida com Amor-Exigente", já constando nele o método desenvolvido pela nossa querida presidente, Mara Sílvia, para os Cursos de Prevenção em todo o Amor-Exigente e para completar, agora chega o Amor-Exigentinho para ser aplicado nas salas de aula com os alunos, para fechar o ciclo. Com todo esse trabalho estamos vendo hoje a prevenção ser amplamente divulgada e trabalhada em várias cidades de diversos Estados, levando às famílias e escolas a metodologia e a filosofia do trabalho do Amor-Exigente, ensinando, informando e formando pessoas que se tornam melhores, mais conscientes do seu papel e da sua responsabilidade com o ambiente em que vivem e principalmente com nosso Ser Superior, a quem devemos tudo.
RAE - Sobre a carta de Londrina, redigida no congresso, quais os pontos principais?
EL - Primeiro, a constatação constante na Carta de que o problema das drogas está longe de ser resolvido, subentende-se daí, de que algo mais deverá ser feito. Segundo, a intenção do Amor-Exigente em atuar participando das Políticas Públicas, pois é necessário que estejamos sabendo do que se faz em nível de governos, seja Federal, Estadual e Municipal em relação às necessidades das Instituições que atuam na área da dependência química e da Prevenção e Terceiro - a disposição do aprofundamento no trabalho da prevenção em três frentes: na família, na escola e no programa "Prevenção Primária (Universal) e Comunidades de Fé". Pensamos que esses três pontos são fundamentais para o sucesso do nosso programa de Prevenção e que em especial precisamos retomar o trabalho com as comunidades de Fé, pois o engajamento das Igrejas, seja qual for será essencial para o crescimento dessa proposta.
RAE - De lá para cá quais são as principais conquistas no segmento de prevenção em Amor-Exigente?
EL - Hoje muitas Regionais vêm se dedicando à Prevenção Universal e divulgando a proposta aos seus grupos. Também temos visto locais onde o Amor-Exigente já atua com sucesso nas escolas com o trabalho da Prevenção No nosso caso, em Londrina, temos realizado dois cursos de prevenção por ano e estamos nos empenhando em formar Grupos em outras cidades onde atua a nossa Regional. Também conquistamos uma Lei (Lei nº 10.910 de 29/abril/2010), aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo Prefeito, que inclui na parte diversificada da proposta Curricular da Secretaria de Educação, o conteúdo Qualidade de Vida com Amor-Exigente e dispõe que esta passe a constar nas propostas pedagógicas das escolas da Rede Municipal de Ensino. Para nós esta foi uma das maiores conquistas até hoje em nível de Prevenção.
RAE -  Sobre o Fórum de outubro, como surgiu a ideia? Quais os objetivos?
EL - A idéia de Fórum surgiu em novembro de 2009, quando no Encontro das Regionais em Campinas, as Regionais do Paraná se uniram para fazer uma avaliação dos Grupos de Amor-Exigente no nosso Estado. Depois de chegarmos a algumas conclusões, pensamos em ampliar o número de nossos grupos. De início pensamos em um Fórum Estadual, mas depois, já dando andamento à realização do Fórum, em uma reunião de trabalho, foi levantada a idéia de levar até a presidente da FEAE a proposta de se tornar Fórum Nacional, com a intenção de que todas as Regionais viessem a participar.
Dª Mara aprovou e o Fórum passou a ser nacional. O objetivo de Fórum seria suscitar discussões a respeito da Prevenção em todo o nosso Estado, levando as pessoas a se conscientizarem da importância da Prevenção Universal e ao mesmo tempo divulgar o Amor-Exigente no nosso estado e formarmos mais grupos em nossas regiões. Daí veio a questão: por que não levar essa proposta a todas as Regionais e ampliar essa conscientização em nível nacional?
RAE - Quais são os próximos sonhos, projetos para a prevenção em Amor-Exigente?
EL - São muitos, mas sabemos que devemos ter os pés no chão. Com o trabalho que iniciamos agora e no qual estamos acreditando muito, temos a consciência de que muita coisa ainda precisa melhorar. Estamos lidando com pessoas que depositam no Amor-Exigente muitas expectativas e temos o dever de corresponder às mesmas. Então precisamos de líderes muito bem capacitados e preparados para essa empreitada. Também temos, como questão de honra, fazer com que em Londrina esse projeto dê certo, pois como você mesma colocou no início da entrevista a Prevenção Primária foi lançada no 6º Congresso Nacional e, portanto temos a obrigação de ser um modelo positivo para todo o Amor-Exigente.
RAE - Sobre as coalizões em Londrina, quando surgiram e em que fase estão?
EL - Iniciamos as Coalizões em Londrina logo depois que a CADCA em 2008 levou o treinamento para Maringá, portanto, há 2 anos. Hoje estamos em fase de reestruturação e reinício com a nova proposta da FEAE - Coalizões Comunitárias com Amor-Exigente.
RAE - Quais são os projetos da coalizão já realizados e em andamento?
EL - Para sermos sinceros, no início conseguimos boas parcerias, estávamos empolgados, tivemos várias reuniões de trabalho, mas aos poucos os parceiros foram se afastando e poucas ações foram realizadas. Fizemos o mapeamento de uma região escolhida para o início da coalizão, para conhecer a realidade daquele bairro. Com a parceria da Faculdade Pitágoras e com o apoio da Psic. Simone Oliani, um grupo de estagiárias orientadas por ela, fizeram um levantamento das escolas existentes na região, fazendo convite para que participassem da Coalizão. Tivemos a adesão de duas escolas, nas quais seriam aplicados questionários para os alunos responderem e para que fosse feita a tabulação de dados para caracterizar o consumo do álcool e outras drogas pelos adolescentes daquela escola. Para que esse questionário pudesse ser aplicado foi necessário que se fizesse um Termo de Consentimento livre e esclarecido, como um instrumento de pesquisa para pais e responsáveis, e para adolescentes, que deveria ser aprovado pelo Comitê de Ética. E isso atrasou bastante a nossa atuação nessas escolas em função da burocracia, para a aprovação dos Instrumentos de pesquisa, mas tudo já está resolvido e o trabalho em andamento e os resultados serão apresentados em painéis no nosso Fórum. Continuamos com o Grupo de adolescentes da Guarda-Mirim que está indo muito bem também.
RAE - E quais são os planos para o futuro?
EL - Para o futuro , os resultado das pesquisas irão direcionar o nosso trabalho nessa região onde pretendemos desenvolver um trabalho nas escolas, região essa onde também está instalada a Guarda-Mirim com a qual já vimos trabalhando há dois anos. Temos tido contato com os CRA´S de Londrina, com os quais estamos fazendo parceria e que estão mostrando grande interesse pela coalizão. Para o futuro também pensamos na coalizão com a parceria da Prefeitura Municipal de Londrina com o trabalho que já estamos desenvolvendo nas escolas municipais por conta da Lei aprovada pela Câmara.

CAPA DO MÊS

FÓRUM DOS REGIONAIS


Só por hoje

  1.  SÓ POR HOJE QUERO SER FELIZ;
  2. Só por hoje, aceitarei tudo exatamante como É, e não tentarei impor minha vontade às coisas.Família, trabalho,felicidade- tomarei tudo de maneira como se apresenta;
  3. Só por hoje, cuidarei do meu corpo. Vou movimentá-lo, cuidá-lo, alimentá-lo. Não o nigligenciarei, nem abusarei dele, para que ele possa reagir com a perfeição que dele espero;
  4. Só por hoje, treinarei a minha mente. Aprenderei algo útil e não serei preguçoso, mas lerei algo que exige atenção, concentração e pensamento.
  5. Só por hoje, farei 3 exercícios para alma: farei um favor a alguém, sem que esse alguém perceba, e farei duas coisas que não gosto de fazer, só para não perder o hábito;
  6. Só por hoje, tratarei de ser agradável.Serei tão bonito(a),quanto posso, me vestirei bem, falarei baixo, serei bem educado, não criticarei ninguém, não me queixarei de nada, não tentarei mudar ou melhorar ninguém;
  7. Só por hoje, viverei só por este dia e não tentarei resolver todos os problemas da minha vida de uma vez só. Posso fazer por 24 horas, algumas coisas que detestaria fazer pelo resto de minha vida;
  8. Só por hoje, faço um programa. Divido meu tempo em parcelas e escreverei o que farei com elas, talvez não consiga seguir meu programa totalmente, mas pelo menos o montei. E com isso evitei 2 grandes males: a pressa e a indecisão.
  9. Só por hoje, me concedo uma hora tranquila e relaxarei. Durante essa meia hora também pensarei em Deus, para trazer uma maior dimensão para a minha vida.
  10. Só por hoje, não terei medos, principalmente não terei medo de ser feliz, de ter prazer no belo, de amar e de pensar que as pessoas que amo me amam também.

sábado, 6 de novembro de 2010

Educação e Vida

http://www.youtube.com/watch?v=mNlgV5i7um4
O vídeo lindíssimo acima, é uma produção adaptada pelo prof. Sérgio Motta a partir de texto fabuloso da prof. Dra. Marianina Impagliazzo, e foi uma preciosa indicação (entre tantos vídeos e clipes) da coleg'amiga Semiramis Alencar, educadora carioca, mas vivendo em Itamonte - Minas Gerais, Brasil, editora do blog Educando o Amanhã.
A força das imagens de crianças, jovens e idosos junto a animais (fotos de Gregory Colbert), possuem perfeita sintonia e sincronia com a música Dias Melhores, da banda Jota Quest e com o poderoso texto da prof. Marianina Impagliazzo, que trouxe-me ecos de Paulo Freire em sua Pedagogia da Autonomia.
Algumas frases gostaria de destacar, pois são por demais emblemáticas e necessárias, para serem repetidas todos os dias em casa, no trabalho e no viver em sociedade:
"Somos o espaço que habitamos e o tempo que vivemos" - de fato, é preciso saber lidar com o espaço educacional, que não se restringe apenas à sala de aula e a escola, que perpassa a casa do aluno e a sociedade, cada qual com seu papel social na "Pedagogia do Exemplo" diário de cada um, principalmente de pais e professores; e saber também lidar com o tempo de aprendizagem de cada um, pois o educador, enquanto educando também tem seu tempo próprio, assim como seus alunos.
"(...) traga o velho para se unir ao novo e se torne uno" , lembra-me Freire, quando disse que ninguém ensina ninguém, mas todos aprendem em comunhão. Maravilha de princípio de vida e de trabalho que deveria ser praticado sempre por pais e filhos, professores e alunos. e por gestores públicos e escolares.
"(...) sem medo de se unir ao desconhecido" , neste ponto, creio que o jovem está um pouco à frente de seu tempo, pois não teme às TICs, que grande parte dos educadores ainda tem receio de se integrar e se incluir neste processo irreversível. Mas cabe oa professor mediar esse tempo de aprendizagem e dar significação ao maquinário no ambiente escolar, para isso precisa, como digo, apropriar-se da liguagem do aluno. Evidentemente que não é uma cobrança do professorado, mas uma constatação de que é preciso flexibilizar o currículo escolar ou o tempo escolar dos educadores para que o corpo docente de uma escola se aproprie das experiências existosas de colegas da rede (seja a rede pública de ensino, seja a rede mundial de computadores). Nem sempre cair na rede é peixe, mas cair na rede mundial de computadores, a web, e lá estabelecer parceria com outros educadores é um dos novos caminhos para a educação e a vida em comunidade, atravessando muito além das fronteiras políticas. Ultrapassar as fronteiras digitais é estabelecer essa viagem ao mundo novo do conhecimento disponível a um simples clicar, teclar...
"O grupo supera o indivíduo e amplia a aprendizagem" , com certeza, uma das mais verdadeiras lições de vida, presente na história da Humanidade, desde sempre. Grandes líderes superaram seus desafios com a união do grupo a que pertenciam e souberam com sabedoria liderar, a partir da vontade de todos e não apenas de sua opinião particular. Somos gigantes quando unidos a outros que têm ideias diversas mas os mesmos ideais.
"Tenha a solidariedade e a responsabilidade com o crescimento do outro" , um conselho que deveria ser ouvido e seguido por pais, professores e alunos, pois cada um tem um papel social com o outro, que pode ser os seus pais, seus professores, seus amigos e colegas de escola, seja colega professor, seja colega aluno... Freire já dizia que "educar é ter a consciência do inacabamento" , e por mais que sejamos algo, estamos sempre aprendendo algo novo sobre o que achamos saber... A aprendizagem e o ensino são continuados e pra sempre, durante toda a existência.

Por fim, uma frase que deveria estar estampada em cada uniforme escolar, em cada camiseta de professor e aluno, pai e filho: 
"Ninguém constroi caminhos para estar isolado". Vivemos em sociedade e precisamos ser (verbo) um ser (gênero e espécie) humano mais afetivo, cordial, solidário e responsável pelos seus atos que implicam desdobramentos na vida do outro. O outro poderá ser nós mesmos para alguém mais, mais adiante, e assim por diante... Redundâncias? Sim... Redundâncias e repetições, pois são através dessas que estabelecemos parcerias e aprendemos algo novo...

Marvilha de texto, de música, de fotografias e de mensagem.
Parabéns e obrigado, querid'amiga Semiramis, pelo teu blog, trabalho e indicações aos teus leitores e a este teu coleg'amigo, aqui do extremo sul do Rio Grande do Sul e do Brasil.

Vejam mais alguns incríveis vídeos (link abaixo), que embora não estejam no horário nobre das televisões - recheadas de pegadinhas e videocassetadas e outras coisas mais -, mas que são nobres e merecem ser divulgadas à sociedade:
Fonte:

Educação e vida - alguns vídeos sobre educação e cotidiano, no blog Educando o Amanhã

http://educandooamanha.blogspot.com/2009/12/educacao-e-vida-alguns-videos-sobre.html

Bullyng

sábado, 23 de outubro de 2010

OUTUBRO RESSIGNIFICADO



Instituíram que outubro é nosso mês, o mês das Crianças.
Vamos aproveitar o embalo para tentarmos ressignificar - diriam os Psicanalistas - os vários bichos-papões desse momento que está mais para Hallowen do que propriamente para o mês dos pequeninos, que precisam de paz e sossego para dormirem bem e terem seu desenvolvimento saudável. Já ouvi dizer que não é bom atormentar os ânimos dos pequenos com estórias ou histórias monstruosas.
O FMI e o Banco Mundial estão em reunião lá longe. Num mundo tão tão distante daqui do Brasil. Eles seriam, para facilitar a compreensão da gente, como o Lobo Mau. Mas um é o Lobo Mau da Chapeuzinho Vermelho. Tem lá suas próprias características. Já o BM, não. É o Lobo dos Três Porquinhos. A gente leva a vida inteira sem saber se são diferentes, embora lá no fundo a gente desconfie que são a mesma coisa. Quem poderia nos explicar melhor, Senhores economistas? 
Depois vem a queda do dólar que não pára de cair, assustando o mundo inteiro. A queda do dólar, dizem, começou junto com a crise imobiliária nos Estados Unidos. Isso nos faz lembrar dos três porquinhos e seu velho problema com habitação?
Há pouco tempo nós pensaríamos em ficar felizes com o evento da queda do dólar, visto que estaríamos vendo a derrota da Madrasta que sempre quis roubar de nós nosso querido papaizinho-poder - que nos dava a impressão de que nos amava de verdade. Mas agora a gente não pode querer que a rica Madrasta se prejudique pois isso vem acontecendo há algum tempo e a gente fica desempregado, com sérios problemas econômicos mundiais. Como assim, D. Madrasta? Você nos ensinou que se lhe obedecêssemos nós íamos nos dar bem. Eu não estou entendendo mais nada.
Desde a história de Joãozinho e Maria nós andamos sendo enganados pela Bruxa Má. Ela nos dava comida dizendo que íamos engordar mas no fundo ela queira mesmo era fazer de nós um prato suculento. O vínculo entre a Bruxa Má e a Má-drasta foi estabelecido para sempre no nosso inconsciente coletivo: nós temos medo de vocês e pronto.
E a China que anda dificultando as coisas? Até pouco tempo vocês só tinham os olhinhos fechados e uma cultura rica e interessante que nos fascinavam. Agora andam querendo controlar e já são a Segunda Potência Mundial. O mundo inteiro está pedindo que flexibilizem os direitos humanos e vocês - talvez por terem mesmo os olhinhos tão bonitos mas tão fechadinhos, não nos atendem. Os Lobos acima lhe pedem tanto, meninos! Pelo menos nesse sentido, ouçam-nos! A estrada, certamente, neste caso, não será a mais curta, não! 
Até então o que eu sabia de flexibilidade estava ligado ao tapete voador. A gente, com ele, podia deslizar de um lugar para o outro com grande prazer e era muito rápido. Agora esse tapete tem outro nome e não é tão agradável como outrora. É a ciranda especulativa que ora quebra os senhores das potências mundiais, ora lhes dá mais poder do que nunca. No mínimo esse tapete atualmente nos gera medo e ansiedade.

Então a Bruxa Má, os Lobos, as Madrastas mundiais e todos os bichos que nos amedrontavam outrora tomaram outros e novos rumos, formaram outras e complicadas histórias nos levando a medo e a ansiedade. Medo pelo que já vimos acontecer à nossa frente como desemprego, inflação, recessão, apertos de todos os lados. Ansiedade por não sabermos como será daqui para frente. 
Olhar pelo aspecto do bom humor e da esperança por dias melhores já me ajuda a conviver com tudo isso. Mas se eu já não estou conseguindo ressignificar ou elaborar tantas informações amedrontadoras, por favor, parem de nos contar essas histórias macabras ou vamos precisar de muito mais divãs para darem conta de nossas emoções! É noite mundial e eu preciso dormir.FONTE:
 http://iedasampaio.blogspot.com

Que mimo!!!

Ganhei este selinho da minha amiga Jéssica do blog
http://educa-jessy.blogspot.com
E quero oferecê-lo aos Blogs:

http://semprehaveraumarcoiris.blogspot.com
http://aartedeensinareaprender.blogspot.com
http://criandocriancas.blogspot.com
http://educadoracristinasouza.blogspot.com
http://meustrabalhospedagogicos.blogspot.com

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Mensagens que falam ao coração!!!

Estou postando várias mensagens que podem ser trabalhadas nos grupos de apoio. Essas mensagens são lindas além de terem imagens de tirar o fôlego.  

Orientação familiar para dependentes químicos: perfil, expectativas e estratégias

RESUMO:
Este trabalho procura mostrar uma alternativa de Orientação Familiar, segundo o modelo cognitivo, que tem por objetivo incrementar a qualidade nas relações do grupo, orientando sobre condutas mais adequadas para a família, obtendo ganhos tanto para os familiares, bem como para a recuperação dos dependentes.
O trabalho é desenvolvido em seis sessões semanais, com temas previamente estabelecidos, possuindo uma duração de 75 minutos, na qual são reunidos um ou mais membros de cada família, totalizando ao máximo oito famílias. Contamos com uma amostra de 146 famílias atendidas no ambulatório da UNIAD (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas) da UNIFESP/Escola Paulista de Medicina – Depto de Psiquiatria, durante o período de 1995 à 1998, sendo o dependente (álcool ou drogas) usuário do programa de tratamento ou não. Será descrita a população participante em termos de dados demográficos, tratamentos realizados para os familiares e dependente, expectativas em relação ao grupo de orientação familiar, formas que a família encontra para auxiliar o dependente e motivos para este ter desenvolvido a dependência.
UNITERMOS: Família, Dependência Química, Álcool, Drogas, Orientação
Family Orientation for Chemically Dependent Patients: family profiles, expectations and strategies
Abstract
This article describes a form of Family Orientation using concepts from cognitive therapy aimed at improving the quality of the relationship between the patient and his or her family, by orientating the family towards more appropriate responses to the patient's addictive behaviours.
The intervention takes place over 6 weekly sessions each lasting about 75 minutes, with one or more family members participating up to a maximum of 8 families. Each session is based on a predetermined topic, although families also have the opportunity to raise their own concerns. One hundred and forty-six families were treated at UNIAD (Alcohol and Drug Research Unit) of the Federal University of São Paulo from 1995 up to 1998, irrespective of whether the dependent family member was also undergoing treatment at the same institution. The results presented concern the sociodemographic details of the families that attended, their expectations in terms of the treatment offered, the coping strategies that they had already developed, how these strategies had developed, beliefs about why their family member had develpoed substance abuse and a description of the interventions suggested during the sessions.
Key words: Family intervention, Alcohol, Substance Misuse, Counselling
INTRODUÇÃO
A abordagem familiar em dependência química teve início em 1940, com a criação dos grupos de Al-Anon por parte dos Alcoólicos Anônimos. A partir desta época o tema passou a receber maior atenção, sendo encontrados aproximadamente 400 estudos entre o período de 1954 à 1978 (18) e pelo menos o dobro deste número até 1988 (8; 17; 12).
Em 1981, Wegsheider (22) introduziu o conceito de co - dependência, caracterizado por uma obsessão familiar sobre o comportamento do dependente e seu bem-estar, onde o controle do consumo alcoólico passa a ser o eixo da organização familiar (4) .
A abordagem sistêmica trouxe o conceito do paciente identificado, no qual o sistema familiar faz o pedido: "ajude-nos a mudar o paciente sem interferir em nossas relações". Este pedido, de certo modo, reflete que a pessoa sintomática parece ficar aprisionada num papel em que a família resiste às mudanças (1).
A literatura aponta a importância da família na reabilitação do dependente. Em estudo de seguimento com narcóticos em tratamento hospitalar, no estado de Nova York, foi encontrada a porcentagem de 90% de pacientes com idade ao redor de 22 anos, que após a alta voltavam a morar com suas respectivas mães, enquanto 59% dos pacientes na faixa de 30 anos voltavam a morar com as mães ou parentes, como avós ou irmãs (21). Goldstein et al. (7) situaram que os dependentes químicos tendem a utilizar o lar como um ponto de referência constante em suas vidas. Estudo com homens usuários de cocaína ou opiáceos, na faixa etária de 30 a 42 anos, mostrou que 82% mantinham um contato constante com sua família de origem por telefone ou pessoalmente e que em 60% dos casos, o pai era ausente na infância. Tal fato pode ter criado a necessidade prematura na criança em assumir responsabilidades adultas, contribuindo para a iniciação no consumo de drogas (3).
Na realidade, a abordagem familiar em dependência química como modalidade de tratamento é recente. Vários modelos de atuação estão em operação, sendo que a maioria dos terapeutas familiares vem descobrindo a sua própria mistura, utilizando uma gama de idéias e práticas diferentes (2). Indiscutivelmente, a família é um fator crítico no tratamento e sua abordagem é um procedimento fundamental nos programas terapêuticos (9). Contudo, até o momento não foi estabelecida uma abordagem de maior eficácia nesta área.
Na década de 90 houve rápido crescimento das terapias focadas na solução, onde o objetivo não é examinar as causas da doença ou disfunção, e sim enfatizar as soluções (5). Este método parece ser facilmente aprendido e aparentemente traz resultados rápidos porque se concentra no problema, sendo de maior aceitação para as famílias e dependentes, pois não atribui responsabilidades implícitas. Os sintomas são tratados como se existissem e funcionassem simultaneamente no indivíduo e entre os indivíduos. Neste contexto, o terapeuta utiliza o "reenquadramento", onde os problemas da família ou do paciente são colocados numa estrutura de significados, oferecendo novas perspectivas e possibilitando novos comportamentos. Não deve existir a preocupação da neutralidade analítica, necessitando que o terapeuta fique mais próximo do grupo , utilizando-se de orientações, informações, sugestões, incentivos, proibições, entre outros.
O que as pessoas esperam de uma terapia breve ou de um grupo de apoio depende do quanto elas estão envolvidas e afetadas com a situação do uso de drogas, podendo ocorrer variações entre diversos tipos de pessoas, culturas, subculturas e grupos étnicos. Logo, o tipo de suporte pode ser decidido com referência neste tipo de envolvimento, mas em geral é esperado (11):
  • Fazer com que as pessoas sintam-se mais contentes e felizes, menos preocupadas e ansiosas e consigam visualizar atividades, sentimentos ou situações positivas, reestabelecedoras de sua saúde mental;
  • Não estar sempre zangado ou frustrado, demonstrando capacidade de falar sobre seus sentimentos. Ao abrir um espaço para falar sobre estes, as pessoas envolvidas tornam-se mais conscientes de suas reações de violência, podendo evitá-las;
  • Não falar o tempo todo sobre drogas, mantendo um diálogo saudável sobre outros aspectos da vida;
  • Trabalhar a sensação de que nada pode ser feito ou sensação de estar amarrado. Perceber que existe a possibilidade de fazer algo ou simplesmente aceitar o fato de que não pode fazer nada em determinadas situações;
  • Tentar fazer o melhor pela família e para si mesmo, levando em conta as necessidades de todas pessoas envolvidas;
  • Estar apto para ouvir, pois muitas vezes o simples fato de ouvir pode ser terapêutico. Ser capaz de contar aos outros o que pode ser feito e não ficar chateado quando as coisas não acontecerem conforme o esperado;
  • Estimular a capacidade de sair e se divertir, sem sentir culpa por ter bons momentos, tornando as pessoas aptas para realizar atividades fora do lar.
Tendo em mente algumas destas idéias, foi organizado o serviço de Orientação Familiar, desenvolvido durante o acompanhamento ambulatorial de dependentes químicos de um serviço público. Vale ressaltar que não era condição necessária o paciente estar em acompanhamento. Em alguns casos a família deu continuidade ao tratamento, enquanto os pacientes o abandonaram.
O objetivo deste trabalho é apresentar os dados iniciais da criação de um serviço de orientação familiar para dependentes químicos na unidade, segundo o modelo cognitivo. Este grupo foi criado devido a necessidade de acolher familiares de dependentes/usuários de drogas ou álcool, que por vezes procuravam os terapeutas devido: 1- Recaídas dos dependentes; 2- Desistência do tratamento; 3- Condutas que dificultavam a recuperação do paciente (Ex.: dar dinheiro, fiscalizar, desconfiar e vigiar ostensivamente, entre outros); 4- Ansiedade no trato com o dependente/usuário no lar.


Foi realizada uma análise descritiva dos dados obtidos no período de 1995 à 1998, totalizando 26 grupos de familiares de dependentes químicos em acompanhamento ambulatorial na UNIAD (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas), pertencente ao Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo.
Foi utilizada uma amostragem de conveniência, pois a pesquisa ocorreu apenas com as famílias que procuraram o serviço. O encaminhamento era realizado através do próprio ambulatório especializado no tratamento de dependência química (triagem, durante a desintoxicação ou através do terapeuta que acompanhava o caso - 36%), por outros serviços da comunidade (35%), por outras pessoas que participaram anteriormente do serviço de orientação familiar (12%), por outros departamentos da UNIFESP (9%) e meios de comunicação (8%) .
Os instrumentos utilizados para a pesquisa foram dois questionários semi - estruturados que os familiares recebiam na primeira e última sessão. O primeiro questionário continha questões referentes a informações sócio demográficas e tratamentos anteriores e atual do familiar bem como do dependente; fonte de encaminhamento; o que o familiar esperava da orientação familiar; o que o familiar havia feito para auxiliar o dependente quanto ao uso de álcool e drogas; existência de motivos para o desenvolvimento da dependência química. O segundo questionário investigava qual a melhor forma para auxiliar o dependente após a participação no grupo; o conceito de dependência; o que foi mais importante no tratamento.
TIPO DE SERVIÇO
Objetivos:

  • Fornecer informações e orientações em como lidar com a dependência química, objetivando a melhora nas relações familiares e adequação de condutas;
  • Sensibilizar os próprios familiares quanto ao aspecto emocional, permitindo que examinem atitudes ensejadoras de recaídas;
  • Propiciar meios para que os familiares sensibilizem o dependente/usuário para recuperação;
Os participantes deste grupo eram basicamente pessoas que mantinham vínculo estreito e próximo com o dependente/usuário, não restringindo-se a família biológica. O grupo era fechado, com seis atendimentos semanais de 75 minutos de duração, com a presença de seis famílias e sem a presença do dependente. O serviço era coordenado por uma psicóloga e uma estagiária de psicologia. As famílias que possuíram mais de duas faltas eram desligadas do grupo atual e convidadas a participar da formação de um próximo grupo que funcionava nos mesmos moldes. Cada sessão era estruturada com a seqüência descrita na Tabela 1.
RESULTADOS:
A amostra inicial contou com 146 familiares, totalizando 26 grupos acompanhados na UNIAD (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas), pertencente ao Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo, sendo que 81 (56%) participaram de todos os atendimentos; 40 (27%) tiveram de 1 a 2 faltas e 25 (17%) familiares foram considerados desistentes. Tal fato justifica o número inferior da amostra no segundo questionário (N=81) e o índice de 83% (N= 121) de aderência ao tratamento.
Os dados demográficos referente ao perfil dos familiares e dependentes assistidos no serviço ambulatorial foram demonstrados na Tabela 2. Quanto aos familiares, vale ressaltar que o convite de participação no grupo de orientação familiar era estendido a toda família, porém 82% da amostra total não teve um segundo parente participante. Dos 18% que participaram com um segundo parente, a maioria eram padrasto/madrasta ou pai/mãe (12%).
Com relação ao tipo de droga utilizada pelo dependente, 35% (N=51) eram alcoolistas e 65% (N=95) dependentes ou usuários de drogas ilícitas, sendo mais freqüente a utilização de crack, maconha e cocaína concomitantemente (30%).
Os familiares foram questionados quanto ao tempo de uso de drogas/álcool comunicado pelo pelo próprio dependente/usuário à família onde foi encontrada a mediana de 4 anos para drogas e de 15 anos para álcool. Contudo, os familiares relataram a descoberta do uso de drogas com mediana de 1,6 ano para drogas e 10 anos para álcool.
Da amostra total, 70% (N=103) dependentes/usuários estavam em tratamento, sendo que 86 destes eram assistidos no local da pesquisa, 11 realizavam atendimento psicológico, psiquiátrico ou médico e 6 pacientes foram encaminhados a locais de internação pelo próprio ambulatório onde foi realizada a pesquisa. Apenas 51 (35%) dependentes/usuário relataram algum tipo de tratamento anterior, sendo os mais freqüentes internação (57%) e ambulatorial (27%).
Com relação à participação dos familiares em algum tipo de assistência no passado, apenas 48 (33%) confirmaram esta participação, sendo os mais freqüentes: acompanhamento durante a internação (29%), acompanhamento ambulatorial (25%) e grupos de auto - ajuda (25%) .
Foi perguntado aos familiares o que era esperado deste Grupo de Orientação, e a grande maioria alegou a necessidade de orientação profissional em como lidar com o dependente (31%) e a cura da doença (30%) - Tabela 3.
Quando questionados sobre o que haviam feito para auxiliar o dependente/usuário quanto ao uso de drogas/álcool, a maioria citou a postura de acolhimento, aconselhamento e diálogo (32%). Em seguida, surgiram as posturas de diálogo e acompanhamento em tratamento (15%) e acompanhamento e procura de tratamentos (13%) – Tabela 4.
No que se referiu a existência de algum motivo específico por parte do dependente que levou ao uso de drogas/álcool, os familiares alegaram não saber especificar os motivos, mas acreditaram que estes existiam (23%), e 13% citaram a não existência de motivos. A Tabela 5 mostra outras causas.
No término do tratamento de Orientação Familiar, foi fornecido o segundo questionário aos familiares que avaliou novamente qual a melhor forma de auxílio ao usuário/dependente após a participação no grupo. Houve predomínio de respostas referentes a importância das orientações recebidas para melhorar o relacionamento com o dependente/usuário e a influência da troca de experiências no grupo (31%). Em seguida, foi relatada a importância dos esclarecimentos sobre limites (13%) e a modificação na forma de relacionamento (13%) – Tabela 6.
Quanto ao conceito de dependência, a resposta mais freqüente foi a necessidade física e psicológica da substância (26%) e uso diário em termos de freqüência e quantidade (21%) – Tabela 7.
E por fim, as orientações em como lidar com o dependente; informações sobre dependência e drogas em geral (28%), seguido da troca de experiências e orientações recebidas (24%) foram considerados de maior importância pelos familiares que participaram do Grupo de Orientação Familiar – Tabela 8.
DISCUSSÃO:
1. Dados relacionados aos dependentes:
Com relação ao perfil do dependente, observamos a predominância do sexo masculino (86%) com idade média de 26 anos e nível de escolaridade inferior aos pais (1 o grau), fato este que foi comentado pelos participantes por várias sessões. Foi levantada a hipótese de que o decréscimo ou a evasão no desempenho escolar seja um dos primeiros comportamentos indicativos do consumo de drogas, observados pelos pais, principalmente na população mais jovem. Daí a necessidade de programas preventivos em rede escolar e em mídia, com enfoque em drogas ilícitas e lícitas (20).
Outro fato que chamou atenção foi que 53% dos usuários/dependentes possuíam atividade de trabalho, o que pode ter indicado que esta clientela não atribuiu prioridade exclusiva à droga. Alguns dos indícios que colaboraram com esta idéia foram a procura anterior de algum tipo de assistência por parte do usuário/dependente (35%) e a execução de tratamento na atualidade (71%).
Um fator que pode ter contribuído para a média de idade dos usuários/dependentes (26 anos) foi a predominância de usuários de drogas ilícitas (65%), com mediana de 4 anos de uso, sendo que a família descobriu o consumo em aproximadamente 1 ano e 6 meses. Ao analisarmos a Síndrome de Dependência do Álcool ao longo de um "continuum" de gravidade, cuja a intensidade dos sintomas e problemas decorrentes do consumo aumentam gradativamente conforme o grau de dependência no transcorrer do tempo (10), torna-se plausível a mediana de 15 anos de consumo alcoólico e a descoberta por parte da família ao redor de 4 anos, também em decorrência da aceitação social do consumo alcoólico. Esta mesma "aceitação" não ocorre com drogas ilícitas, uma vez que o percurso do desenvolvimento da dependência de cocaína e crack, em termos de complicações sociais, físicas, legais e familiares ocorre em período de tempo menor quando comparado ao álcool, atingindo em sua maioria a população jovem (14).
2.Dados relacionados aos familiares:
Um dos fatos que chamou atenção foi a presença predominante de mulheres, maioria mães (51%) , com idade média de 48 anos, com escolaridade de 2o grau (39%) e em atividade de trabalho (53%). Tal fato pode demonstrar uma peculiaridade desta amostra, bem como a necessidade de levantamentos com este tipo de dados para a constatação da clientela que procura uma abordagem familiar, objetivando uma melhor estruturação do serviço, sendo que da família como um todo, apenas 18% compareceram com mais de um participante no tratamento.
Quanto ao que os familiares esperavam do tratamento foi observada uma postura paradoxal entre orientação profissional e como lidar com o dependente (31%) e a cura da doença (30%), ou seja, de um lado uma postura ativa no sentido de tentar modificar algo na relação familiar e do outro lado, a postura, porque não dizer de dependência dos profissionais para a resolução do caso.
Com relação ao que o familiar tem feito para ajudar o usuário de drogas, 32% relataram a postura de acolhimento, aconselhamento e diálogo. No transcorrer das sessões estas posturas acabavam sendo a maior fonte de dúvidas dos participantes e daí a procura de ajuda. Interessante notar que surgiram as posturas de acompanhar em tratamento e dialogar (15%) e acompanhar e procurar tratamentos (13%), denotando a importância do tratamento. As evidências mostraram a necessidade deste tipo de assistência a família, mas tal postura também pode ser remetida a dependentes que procuram atendimento almejando a cura, deslocando a isenção da própria responsabilidade neste processo. Fica a questão da possibilidade deste movimento também ter ocorrência na família, pois em 28% das respostas surgiu a categoria tratamento. Talvez esta seja uma linha de atuação profissional que lida com dependência química, no sentido de trabalhar conscientização do papel de todos os envolvidos no processo de cura: paciente – família – tratamento, entre outros.
Quanto aos motivos que levaram ao consumo/dependência, foi interessante observar uma certa amplitude , muitos deles relacionados a questões de cunho familiar. A postura adotada era de demonstrar como era a dinâmica da personalidade do dependente e que os mesmos motivos que poderiam levar uma pessoa à dependência química, poderiam não levar outra pessoa ao mesmo caminho. Porém chamou atenção o fato de 23% dos familiares não saberem os motivos e 13% alegarem a ausência de motivos aparentes. Com isto, foi verificada a importância da necessidade de trabalhar a integração e o diálogo na família.
3. Dados relativos à participação no grupo:
Após a participação no grupo, os parentes consideraram mais importante as orientações recebidas em paralelo com a influência do grupo (31%), o que demonstrou a eficácia de um atendimento grupal de familiares que possibilitou a troca de experiências. Exemplificando, eram comuns esposas jovens com muita disponibilidade para auxiliar seus maridos estimularem as mães de filhos dependentes químicos, que estavam desanimadas e desesperançadas. Vale ressaltar o surgimento da categoria limites (13%) que anteriormente não havia surgido, demonstrando a necessidade de orientar os familiares a dizer "não". Contudo, 12% colocaram a necessidade de paciência e compreensão, fato que ao nosso ver pode continuar representando uma postura passiva. Comparando a tabela 4 com a tabela 6, foram observadas categorias inexistentes num primeiro momento, tais como: mudança de relacionamento; paciência e compreensão; auto – ajuda do familiar e a necessidade de apoio afetivo por parte do familiar, o que pode ter indicado modificações nas atitudes dos familiares, principalmente quando comparamos com as respostas encontradas no primeiro questionário (desesperança familiar; vigiar; rezar e agressão física e verbal, etc.).
O conceito de dependência foi questionado para verificar o grau de abstração das informações transmitidas e as respostas encontradas foram coerentes: necessidade física e psicológica da droga (26%); uso diário em termos de freqüência e quantidade (21%); não enfrentamento de situações sem a substância 17%, retratando a dinâmica de funcionamento da personalidade, entre outros, com exceção de vício/hábito (5%), que pode ter demonstrado uma visão preconceituosa ou moralista.
As informações (conceitos básicos sobre dependência, tolerância, síndrome de abstinência, etc.), orientações (como agir, conversar, o que fazer em casos de intoxicação e/ou violência, etc.), e troca de experiências entre os participantes do grupo foram considerados pelos familiares como os itens mais importantes na participação do serviço, denotando que o trabalho grupal, com caráter informativo pode ser eficiente na modificação do relacionamento família - dependente, e conseqüentemente aumentar a probabilidade do dependente motivar-se a entrar num estágio de ação na modificação do comportamento aditivo e efetuar/dar continuidade ao tratamento. Também foi necessário abordar o próprio familiar para que observasse sua conduta (atuação) e seu aspecto emocional, pois muitos casos foram encaminhados para tratamentos posteriores (acompanhamento psicológico/psiquiátrico) ou no sentido de retomar sua vida em termos de vida profissional, escolar, social e religiosa.
Quanto a aderência, obtivemos a porcentagem de 83% fato que se mostra coerente com a literatura (13; 19; 23), evidenciando a necessidade de investimento neste âmbito de tratamento, uma vez que a porcentagem de aderência do dependente é bem inferior.
Esta pesquisa procurou retratar uma experiência ambulatorial com grupos de orientação familiar em dependência química. Estes dados não podem ser generalizados, pois fazem parte de um estudo com uma população específica, sendo que o objetivo foi de levantar algumas idéias para a estruturação de serviço, trazendo novas perspectivas de trabalho na área. A alternativa da terapia breve e grupal pareceu ser rápida, prática e eficaz no sentido de adequar e orientar condutas mais salutares, contribuindo para a melhora das relações e organização do contexto familiar em dependência química .

TABELA 1.
Sequência das sessões no tratamento do Grupo de Orientação Familiar em Dependência Química, realizado na UNIAD/UNIFESP, durante o período de 1995 à 1998.

Sessões
Temas Discutidos
Objetivos
Sessão 1
Contrato e Queixa
Explicitar o objetivo do tratamento: cuidado com o familiar;
Efetuar a vinculação terapêutica
Aprender a lidar com a impotência/potência frente a cura do dependente;
Sessão 2
Trabalhar as emoções
(reações típicas) ;
Razões que levam ao uso; Comportamentos Indicativos
Reconhecer os sentimentos do familiar em relação ao dependente;
Levar em conta os sentimentos que os dependentes provocam no âmbito familiar, com o objetivo que essa transferência possa ser interrompida;
Perceber os vários motivos que podem levar ao consumo de drogas/álcool;
Apontar comportamentos indicativos do consumo de drogas/álcool, favorecendo a troca de experiências entre familiares que constataram o consumo / dependência e familiares que não tinham a mesma convicção.
Sessão 3
Modelo dos Estágios de Mudança proposto por Prochaska e DiClemente – Dinâmica da personalidade (6;15;16)
Explicitar a dinâmica do processo de modificação de dependente/usuário para abstinente, em suas respectivas fases motivacionais;
Introduzir o papel da recaída como fazendo parte do processo de mudança.
Sessão 4
O que fazer para ajudar ; Comportamentos a serem evitados
Discutir a necessidade de algumas atitudes que podem auxiliar ou piorar o prognóstico tanto do dependente , quanto da família.
Sessão 5
Sessão Informativa
Transmitir conceitos básicos sobre as drogas mais utilizadas, forma de utilização, efeitos e vias de administração;
Discutir as dificuldades físicas (dependência, tolerância e síndrome de abstinência) e psicológicas para atingir a abstinência ]
Reconhecer as formas de tratamento existentes.
Sessão 6
Plano de Ação para cada caso
Definir metas específicas para cada familiar, com orientação do terapeuta, que possam auxiliar na recuperação da saúde mental da família.
Discutir a participação no grupo, críticas e sugestões.

TABELA 2.
Dados demográficos de familiares e dos respectivos dependentes/usuários que participaram
do Grupo de Orientação Familiar em Dependência Química,
realizado na UNIAD/UNIFESP, durante o período de 1995 à 1998.

Dados Demográficos
Familiares
Dependentes / Usuários de Drogas ou Álcool
SEXO 80% (N=117) mulheres
20% (N=29) homens
86% (N=126) homens
14% (N=20) mulheres
IDADE Média = 48 anos
Desvio Padrão =12 anos
Média = 26 anos
Desvio Padrão =10 anos
Atividade Formal de Trabalho 53% (N=77) 56% (N=82)
Escolaridade 39% (N=57) com 2º grau completo 53% (N=77) com 1º grau completo
Status Familiar 51% (N=75) mães
15% (N=22) pais
14% (N=20) esposas
20% (N=29) outros (amigos, irmãos, filhos, esposos)
66% (N=97) filhos
14% (N=20) maridos
20% (N=29) outros (amigos, irmãos, pais, esposas)

TABELA 3.
Distribuição em porcentagem da opinião dos familiares em relação ao que esperavam
do Grupo de Orientação Familiar em Dependência Química, realizado na UNIAD/UNIFESP,
durante o período de 1995 à 1998– 1º questionário (N = 146)

N
%
Orientação profissional e como lidar com o dependente
45
31
Cura da doença
44
30
Auto ajuda do familiar
14
10
Não sabem
11
8
Conscientização do tratamento por parte do dependente
10
7
Melhorar o relacionamento
8
5
Orientação e cura
6
4
Esclarecer dúvidas e aprender com outros casos
4
3
Fazer tudo o que for possível
4
3
TOTAL
146
100

TABELA 4.
Distribuição em porcentagem sobre o que os familiares alegaram ter feito
para auxiliar o dependente quanto ao uso de drogas ou álcool no Grupo de Orientação Familiar
em Dependência Química, realizado na UNIAD/UNIFESP,
durante o período de 1995 à 1998 - 1º questionário (N=146)

N
%
Acolher, aconselhar e dialogar
46
32
Acompanhar em tratamento e dialogar
22
15
Acompanhar/ procurar tratamentos
19
13
Desesperança familiar
9
6
Mostrar os perigos e as conseqüências da droga
8
6
Vigiar
8
5
Rezar
8
5
Reabilitação social (escola, emprego, documentos)
7
5
Tudo o que for possível / Amor
7
5
Buscar informações
6
4
Ter muita paciência
3
2
Agressão física e verbal
3
2
TOTAL
146
100

TABELA 5.
Distribuição em porcentagem da opinião dos familiares quanto a existência de algum motivo para o usuário ter desenvolvido a dependência química no Grupo de Orientação Familiar em Dependência Química, realizado na UNIAD/UNIFESP, durante o período de 1995 à 1998-1º questionário (N = 146)

N
%
Não sabe
33
23
Sem motivos aparentes
19
13
Más companhias – influência dos amigos
18
12
Aspectos psicológicos (insegurança, trauma de infância, fuga de problemas, personalidade fraca, falta de responsabilidade, negação)
18
12
Influência familiar (brigas, falta de disciplina, desintegração, desatenção, educação rígida, violência, término do casamento)
16
11
Separação dos pais / Traição
16
11
Dependência química dos pais
10
7
Morte de um familiar
9
6
Problema financeiro/ Desemprego
5
3
Acidente
2
2
TOTAL
146
100

TABELA 6.
Distribuição em porcentagem sobre a opinião de familiares relacionada a melhor forma de auxiliar o dependente químico após a participação no grupo de Grupo de Orientação Familiar em Dependência Química, realizado na UNIAD/UNIFESP, durante o período de 1995 à 1998 - 2º questionário (N= 81)

N
%
Orientar o dependente/usuário (conversar, dialogar, aconselhar, evitar dar dinheiro) + influência grupal
24
31
Estabelecer Limites
11
13
Modificar o relacionamento (forma de tratar, evitar discussão, não falar somente sobre drogas, conversar na sobriedade)
11
13
Ser paciente e compreensivo
10
12
Orientar a procura de tratamentos
8
10
Auto ajuda do familiar
8
10
Amor (atenção, companhia)
6
7
Valorizar a necessidade de apoio afetivo para a família
3
4
TOTAL
81
100

TABELA 7.
Distribuição em porcentagem da opinião de familiares quanto ao conceito de dependência química no Grupo de Orientação Familiar, realizado na UNIAD/UNIFESP, durante o período de 1995 à 1998 - 2º questionário (N = 81)

N
%
Necessidade da droga (físico e psicológico)
21
26
Uso diário (freqüência de uso e quantidade)
17
21
Não enfrentamento de situações sem a substância
14
17
Perda do controle do consumo
7
9
Ter a vida centrada nas drogas e não na pessoa
6
7
Síndrome de Abstinência da substância
4
5
Vício / Hábito
4
5
Conceito de doença curável
3
4
Algo que necessita de tratamento
2
2
Não responderam
2
2
Outros
2
2
TOTAL
100
81

TABELA 8.
Distribuição em porcentagem da opinião de familiares sobre o que foi mais importante no Grupo de Orientação Familiar em Dependência Química, realizado na UNIAD/UNIFESP, durante o período de 1995 à 1998 - 2º questionário (N=81)


N
%
Orientações e informações sobre drogas e em como lidar com o dependente
23
28
Troca de experiências + Orientação
20
24
Troca de Experiências
11
13
Orientações e auto – ajuda do familiar
6
7
Auto - ajuda do familiar
6
7
Confiança e atuação do terapeuta
5
6
Estabelecer limites
3
4
Conscientização da existência do problema
3
4
Esperança da cura / conceito de doença
2
3
Outros
3
4
TOTAL
81
100
 Referências Bibliográficas:
1. Andolfi M, Angelo C, Menghi P, Nicolo-Corigliano AM. A provocação como intervenção terapêutica. In: Por trás da Máscara Familiar – um novo enfoque em terapia da família, Porto Alegre, Artes Médicas 1984; p. 48-68.
2. Asen, K. Avanços na terapia de famílias e de casais In: Griffith E, DARE C. Psicoterapia e tratamento das adições, Porto Alegre, Artes Médicas 1997; p.102-113.
3. Bekir P, McLellan T, Childress AR, Gariti P. Role reversals in families of substance misusers: A transgenerational phenomenon. Int J Addict 1993;28(7): 613-30.
4. Brown S. The Alcoholic Family In: Treating children of alcoholic, A Wiluy- Luterance Publication, John Wiluy & Son, New York 1988; p.11-25.
5. De Shazer S. Keys to solution in brief therapy. New York: Norton, 1985.
6. DiClemente CC. Changing Addictive Behaviours: A Process Perspective. Current Directions in Psychological Science 1993; 2(4): 101-6.
7. Goldstein PJ, Abbott W, Paige W, Sobel I, Soto F. Tracking procedure in followup studies of drug abusers. Am J Drug Alcohol Abuse 1977; 4:21-30.
8. Heath AW, Atkinson BJ. Systemic Treatment of substance abuse: A graduate course. J marital Fam Ther 1988; 14:411-8.
9. Kaufman EF. Family therapy in substance abuse treatment (Psychoative substance use disorders- not alcoholic). In: Treatment of Psychiatric Disorders: A Task Force, American Psychiatric Association, Washington 1989; p. 1397-1416.
10. Laranjeira R, Nicastri S. Abuso e dependência de álcool e drogas. In: Almeida OP, Dractu L, Laranjeira R. Manual de Psiquiatria, RJ, Ed Guanabara Koogan S.A. 1996; p. 83-112.
11. Lockley P. Anxiety, help and support. In: Working with drug family support groups, New York 1996;p. 1-23.
12. Mackenson G, Cottone RR. Family structural issues and chemical dependency: A review of literature from 1985 to 1991. Am J Family Ther 1992; 20(3):227-41.
13. McLellan A, Arndt I, Metzger D, Wooky G, O’Brien C. The effects of psychosocial services in substance abuse treatment. JAMA 1993; 269(15):1953-59.
14. Nappo SA, Galduróz JC, Noto RA. Uso do crack em São Paulo: fenômeno emergente?. Rev. ABP-APAL 1993; 16(2):75-83.
15. Prochaska JO, DiClemente CC. Toward a comprehensive mode of change. In: Miller, WR & Heather,N. Treating addictive behaviours: process of change, NY, Plenum 1986;p.3-27.
16. Prochaska JO, DiClemente CC, Norcross JC. In search of how people change: applications to addictive behaviours. Am Psych 1992; (7):1101-14.
17. Sorenson JL. Family appoaches to the problems of addictions: Recent developments. Psychol Addict Behav 1989;3(3):134-9.
18. Stanton MD. The family and drug misuse: A bibliography. Am J Drug Alcohol Abuse 1978;5(2): 151-70.
19. Stanton MD, Todd TC and associates. The Family Therapy of Drug Abuse and Addiction. New York: Guilford Press, 1982.
20. Tozzi D, Bouer J. Prevenção também se ensina. In: Julio Groppa Aquino. Drogas na escola: alternativas teóricas e práticas, São Paulo, Summus 1998; p.123-42.
21. Vaillant GE - A 12-year followup of New York narcotic addicts: III. Some social and psychiatric characteristics. Arch Gen Psychiatry 1966; 15:599-609.
22. Wegsheider S. Another Chance: Hope and Health for the alcoholic family. Palo Alto: Science and Behavior Books, 1981.
23. Ziegler-Driscoll G. Family research study at Eagleville Hospital and Rehabilitation Center. Fam Process 1977; 16:175-90.

Neliana Buzi Figlie; Sandra Cristina Pillon; John Dunn; Ronaldo Laranjeira
laranjeira[arroba]uniad.org.br
Neliana Buzi Figlie- Psicóloga e Pós-Graduanda da UNIAD - Depto de Psiquiatria da UNIFESP
Sandra Cristina Pillon- Enfermeira Mestre da UNIAD - Depto de Psiquiatria da UNIFESP
John Dunn – Doutor em Psiquiatra, coordenador da UNIAD - Depto de Psiquiatria da UNIFESP
Ronaldo Laranjeira- Doutor em Psiquiatria, Coordenador da UNIAD e Professor Adjunto do Depto de Psiquiatria da UNIFESP